terça-feira, 24 de junho de 2008

Roupagem nova...


Passado é uma velha roupa colorida que não me serve mais. sabe-se que digitar muito e escrever pouco é como socar mais carne em uma lingüiça que jamais ficará pronta.
Pressuponho que falar do passado por falar não é corrigir a sua imagem desgastada e sem sabor. é relutância em permitir que ele se parta nos mil pedaços que lhe cabe.
Jamais poderemos corrigir um erro (ou vários erros) comentando sobre ele(s) incansavelmente. apenas continuaram a existir em nossas cabeças temerosas de um futuro, que porventura, se repita nos mesmos quadros do passado.
Vamos dar espaço para o futuro.para as águas de março que fecharam já, o que antes era o verão.espaço para o inverno.para o café pelando. pro mate amargo, pro vinho tinta(o).vamos esquecer (vou) o que afoga o melhor do tempo.
Deixaremos a água rolar.pois o futuro é uma roupa nova, que lhe cabe mais.




e melhor.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

aquilo que Chuck Berry faz




Chuck Berry ou Charles Edward Anderson Berry (Saint Louis, Missouri, 18 de Outubro de 1926) é um compositor, cantor e guitarrista estadunidense. é apontado por muitos como o inventor do Rock And Roll. foi um dos primeiros membros do hall da fama do rock and roll, homeneageado em 1986.




te vi vivo negrão! :D


mais tarde tem vídeo no youtube, tá carregando.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

considerações da psico-lixeira.

ela quer falar, e falou comigo. preciso deixar que ela converse com outros planos, caso contrário, surtarei no plano presente.consideração número 1: fiquei presa dentro de casa hoje. e não adianta me perguntar como, mas sonhos desfigurados e realíssimos atravessaram o meu cerebelo e agora neste momento o tylenol é pouco e o cansaço é terrível. odeio ter sonhos gigantes, ativos, coloridos, escuros e movimentados demais. ainda mais quando eles me jogam na cara os perrengues que eu vinha escondendo dentro do meu id. bem lá no fundo...


2: o amor para os filósofos (do tempo em que as escolas eram ao ar livre), não passa da constante complementação de um ser na sua relação com o outro. sabemos que não somos a perfeição, e que nunca a seremos. mas mesmo assim, procuramos quase que desesperadamente por toda a vida um sentido ou uma direção que nos recolha e nos leve ao caminho daquilo que classificamos como 'perfeito'. o perfeito é o simples. de acordo com platão (e não que eu saiba muito sobre ele, mas isto eu sei) em seu livro o banquete, os deuses discutem o valor do amor para si mesmos. e para seus mortais.

equilíbrio sempre foi a parte preferida do amor de verdade. cair na desgraça de querer demais, acaba tirando o amor do foco, e coloca a possessão e o egoísmo no primeiro plano da coisa-amor. o ser andrógeno é para os gregos como a representação dos dois sexos em conjunto, em perfeição. e para isso, não importa o sexo. o homossexualismo não é uma problema como é para algumas criaturas no mundo de hoje. a alma é o que realmente importa para o amor, e não a carne. essa carne que é podre.


3: are you there?


4: o medo de se afogar é maior do que a vontade de mergulhar. e isso me castra. arrasta para a superfície e não me permite mergulhar fundo nos meus desejos. sei que o meu dinheiro se perde por aí, e que ora eu me desespero, ora jogo tudo fora. mas eu sei que não é assim tão ruim. e se eu tivesse mais dinheiro, eu sei que não gastaria só comigo, tenho certeza.e isso até me conforta. mas não é do dinheiro que eu falo. eu falo do desejo, imaterial, ardente e sublime. da vontade de se dedicar com paixão e com alma em qualquer reflexo da vida em e por si mesmo. de qualquer braço, deste corpo celestial gigante, deste mar de rosas secas. eu pendurei durante dias a minha vida na superfície até não suportar mais. vou mergulhar. e se eu voltar, me abraçem e me prometam amor. e se eu não voltar, joguem rosas ao mar por mim. estarei lá embaixo as recebendo.


5 e, acredito, última consideração : quero continuar acredinto que a luz que a gente tanto procura ainda exista. que não seja uma lâmpada artificial por sobre nossas cabeças. não somos todos tulipas frágeis em uma estufa. somos o poder de procurar. quero acreditar que meus projetos atuais não vão ir para o lixo. tenho palavras, desenhos, idéias, sonhos, considerações, leituras, músicas, reflexos, conversas, e mais tudo. estou guardando em um potinho, e o segurando firmemente: ele vai ficar aqui comigo, eu sei que vai.me embriaguei do momento, preciso sair. rápido.




fim.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Estado meu...

Grêmio, meu time de coração,vêm à tona. Não que eu ache os gaúchos superiores (não há superioridade de povo ou de raça. Aliás, não existe raça humana, o ser humano é a raça)...mas ferem a fera aqueles que ousam falar mal da gente deste Estado...
Gente que não era chamada para repartir o bolo dos momentos prósperos e que em contrapartida era chamada a entrar em ação nas horas de aperto; que lutava para segurar as fronteiras desse país e que nessas horas perdia dos seus homens para não perder a sua honra; gente que agüenta o minuano entrando pelas frestas das casas e que tolera as massas polares derrubando as temperaturas; que sente o frio entrando na alma e ainda consegue manter o calor vital necessário para o seguir adiante; é essa gente que ouve piadas sobre si e ainda consegue gritar que se orgulha de ser de onde é; gente que não se imagina nascida em outro lugar.Há quem não valorize a beleza desse Estado...
A beleza verde dos pampas e do azul do céu límpido sombreado por esparsas nuvens brancas fluorescentes. Porém não há quem deixe de sentir a energia maravilhosa que flui quando se olha para um tapete verde, quando não só se sente o ar desta terra batendo no rosto, como quando se ouve o íntimo dela.
O amor por meu Estado é infinito, e é embasado não só em sentimentalismos, mas na história na qual ele está inserido. Portanto que se batam as línguas por aí... o Rio Grande do Sul sempre será meu ponto de partida e mais adiante o meu ponto de visita constante.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Eu sou hiperativa, você não pode me ajudar.

Eu devia estar estudando Bio-Quimica, mas definitivamente não tenho a mínima paciência/ disposição para tentar forjar um interesse. Eu AMO “marry me” do No doubt, pronto-falei-deu. Ai, tristezinha repentina e sem explicação, acredito que se eu fosse um metal e a inconstância a ferrugem, hoje eu estaria completamente consumida, quem sabe até provando tétano ou alguma coisa linda desse gênero, não sei.
Odeio o fato da repetição infindável dos meus assuntos, eu nunca tenho novidades, FATO. Aliás, eu ando lamentando o fato dos meus amigos não serem mais toscos, saudades de ver aquela trasheira da trasheira e poder rir discretamente, o chato é notar que sou TÃO exigente que não consigo abrigar a escrotice não-inteligente, logo minha risada e é um fiasco e todos os motivos das minhas piadas são acompanhados a distância, distância esta sem crase, indeterminada.
Eu fico bueba quando eu vejo certas coisas, assumo. Jesuis amado, como tem exu casado com ruivo. E não existe ruivo feio, tudo bem que alguns até deterioram-se, mas feios jamé, agora é cada exu tenso que eu chego a ficar contente, um dia bem posso ser eu né, vermelho-marca-o-compromisso-la-la-la.
Sinto um orgulho GIGANTE quando percebo que existem pessoas com sede de desavença. Eu posso muito bem estar dormindo, sonhando que um certo italiano atira nas minhas mãos, então SEMPRE existe uma criatura disposta a interromper meu soninho lindo, e o pior destrói a viagem aos berros, resgata-me na base da brutalidade verbal,orgulhozinho de sobreviver num mundo TÃO civilizado e gentil.
Nunca escondi minhas tendências suicidas, no entanto quanto uma indelicadeza me acontece, mudo, deixo minhas vontadezinhas homicidas tomarem conta e o medo de perder o controle acontece, prefiro chorar a enxergar as mãos cheias de sangue, admito. O problema nem é o conteúdo do berro/reclamação/chateação e sim a insensibilidade, ok que é um paradoxo, eu uma criatura tão rude pedir gentileza, mas eu gostaria TANTO, o meu desejo de ser tratada com o mínimo de civilidade-carinho-preocupação é uma das coisas que não mensuro.
Não consigo mais permitir que livros me instiguem, então fico apática. Cansei. E a exaustão é tão grande que nem a possível magia das letras que tocam lá no fundo das feridas que maquio todo dia consegue despertar-me algum interesse, talvez eu precise de um relógio, uma vida nova resolveria, fugir para o deserto mexicano e lá misteriosamente encontrar Joshinho, seria incrível, porém eu cansaria logo, nunca é o bastante, as vezes me ocorre a idéia de me proibir QUALQUER tipo de insatisfação, depois lembro que nada resolve, nem mesmo minhas promessas bobinhas, ai-me-matem-agora.
Sou brega!? muito-muito-muito-extremamente brega, tão ou mais cafona do que as fãs de meia-idade-que-vão-ao-programada-xuxa, eu sou um perigo quando o assunto é o mau gosto. PE-RI-GO. “Vou dizer que sinto a tua falta/ e te amo em caixa alta”, uó irreversível.
Ainda não tive coragem de ver essa nova-novela-que-embreve-será-velha, claudia raia péssima, 450 anos na cara e fazendo a jovenzinha evil, detesto. Vou assistir, mas só pra ver murilation. HAHA. Fueda-se, acho lindo horrores e desde seilá quanto tempo, ainda viro ixxtrela e pega mesmo, JURO-JURO-JURO. Ainda mais se voltar a ficar loiro-de-mentirinha-super-666, ídalo -lindo-demais. Queria poder mandar TODAS as pessoas tomarem bem no meio do rabo e adoraria mais ainda se elas – unidas - estivessem dispostas a realizar esse meu desejo tão singelo. Fueda-se. Quero parar de comer e se conseguir pretendo trancar a respiração tambien, respeitando-la-muerte, então aqui estou eu, o incompleto é SEMPRE uma agonia, as pessoas que comem metade do chocolate e deixam o resto não o fazem por questão de consideração, egoísmo-e-medo-das-gorduras-trans-deliciosas, um dia haverá alguma complitude e se eu mesma quiser estarei lá para ver-sentir-acreditar, afinal nem sempre haverá um monstrinho que finge engolir as peças do quebra-cabeça e depois resolve devolve-las mofadas, confusão.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Pessimista


quer um post pessimista? cansativo? cheio destes pontos de interrogações agoniantes, malucos, pedantes? e muitas coisas mais. sim. não adianta. é preciso chorar, inundar, torcer e por pra secar no sol. é assim que funciona a vida, descecando cada uma das suas partes, tudo se resume a fogo e cinzas - e depois delas. aprender a queimar-se com o próprio fogo. esse fogo, alguns gostam de chamar de paixão. pela vida, pelos livros, por alguém, por idéias, por automóveis, salgadinhos ou fotografias. paixão é aquele tormento que não cabe na nossa mão, que não dá pra medir em palmos nem é centímetros e nem em mais nada. uma dessas coisas que existem, e que por existirem, fazem a gente exitir também. afinal, quem diz que não é apaixonado por nada, está mentindo. até mesmo quem é totalmente desempedido e liberto de tudo e qualquer coisa tem uma paixão: a liberdade. não sei se a paixão é que faz a vida existir, ou é a vida que desperta paixões. mas de qualquer forma, o sentimento existe. e precisa ser sentido. e eu acho. caso contrário, creio que exista sufoco. aquela agonia eterna de não estar vivendo. de passar por cima das coisas como se nem passasse. de sentar no carro, ou no ônibus, e não ver a cara das pessoas. de passar por muita gente, o dia inteiro, e não ver ninguém. só os próprios pés. só vejo o que está na minha frente? triste.eu gosto dos sonhos. e costuma os ter aos montes. mas, coitados, possuem uma vida tênue. ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida - sem saber ao certo que rumos irás tomar. em cada esquina cai um pouco a tua vida, e em pouco tempo não serás mais o que agora és. eu avisei que seria um post pessimista. me permitam esquecer as alegorias, os elogios, e a esperança. deixe-os todos em casa, mofando e engolindo poeira. o que amamos as vezes precisa ficar na prateleira. costumava me exaltar, defender. cegamente se amava, se dedicava. sonhava-se. faziam-se planos. teciam-se rumos. e hoje os desfaço, começo de novo. só sei cair e levantar, desaprendi como é que se voa. é medíocre a vida que algumas vezes a gente leva, mas ao invés de tentarmos melhorar, nos entregamos ao descaso completo. faço as coisas sofrerem ignorando que elas existam. e admito: gosto disso. mas nem sempre. as coisas também me ignoram, e o que sobra são espaços cinzas, não-preenchidos, ocos. e o pior de todas as sinas: desacreditados. perder a esperança é o maior mau que existe. não existe remédio. acaba com os sonhos, com as pessoas, e em seguida com o mundo. se alguma coisa boa resta, esta some. desaperece. se esvai, feito água na pia. feito vapor.

preste atenção. o mundo é um moinho. vai triturar teus sonhos tão mesquinhos. vai reduzir as ilusões a .

muro caiu. a dor desandou. não sobrou nem os tempos de sofrimento perene, nem a alegria contente. sobrou o nada, e do nada vais receber - nada, lógico. as relações desgastam. algumas ficam, são sólidas. os teus amigos, os teus amores, teus cãezinhos e teus parentes. mas alguns, ah alguns, não existem. sentimos como se fossem eternamente fumaça. a gente sente como a paixão que existe, e que não se toca. fica perene. fica mesquinho. todo o amor termina. e porque será? porque não era amor? não. pode haver amor mesmo que em pouco tempo. até mesmo, em muito tempo. o tempo não determina quantidade de amor. é o próprio ser humano egoísta, as vezes cínico, que teima em procurar nos outros o que não tem. e, conseqüentemente, também inexistente nestes outros.


preste atenção querida. em cada amor tu herdaras só o cinismo. quando notares estás a beira do abismo. abismo que cavastes com teus pés.é.