quinta-feira, 29 de maio de 2008

Dois filmes bonitos.

"-Eu te amo-
Vai te fuder."

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ativismo

"Aldo Bianzino (44 anos) [militante político] foi morto em condições bastante obscuras e suspeitas. Em seu corpo haviam marcas de espancamento e apresentavam diversas escoriações, costelas quebradas e outros sinais de tortura. Esse tipo de postura não pode ser tolerada. A Democracia só pode existir quando todas as opções de diálogo são aceitas como legítimas e os cidadãos podem expressar suas opiniões livremente. A censura ou a repressão ao debate e questionamento de políticas públicas não pode ser tolerado em nenhuma nação que queira ser considerada um Estado Democrático de Direito."(fonte: www.encod.org)




Realizar mudanças não é uma tarefa muito fácil: exige cabeça, corpo e coragem, então, ativismo são idéias expressas, argumentadas e manifestadas, que buscam transformações, sejam elas políticas, econômicas, sociais ou culturais. Porém, divergências ocorrem na forma como se trabalha a busca por essas mudanças. Elas podem ocorrer por meio de protestos passivos ou agressivos, dependendo do foco da manifestação e do tipo de manifestante.Todos nós deveríamos ser ativistas. Na realidade sempre fomos, mas os ideais acabaram tornando-se a ganância social em que vivemos, onde pessoas preocupadas com os rumos da sociedade e seus anseios acabaram sendo motivo de escândalo e deboche.A sociedade está acomodada. É simples sentar no sofá e assistir ao noticiário - quer um café?Precisamos de ativistas pacíficos. Ativistas que lutem pela sociedade e pelo mundo, pois vamos acabar engolidos por tudo aquilo que destruímos: terra, água e ar. Fogo também, por que não? Afinal não deixamos os agentes naturais encarregarem-se de suas tarefas e apressamos o rumo das coisas. Desenvolver é preciso, porém, zelar pelo que a Terra nos oferece também.Não precisamos ir às ruas com cartazes pedindo um pouco de paz e amor e dizendo sim aos hippies. Necessitamos somente rever nossos valores. Somos a base desta gasta estrutura social que, um dia, vai vir ao chão. Se não valorizarmos o bem comum ninguém vai valorizar, e todos sofrerão as conseqüências da covardia e da ganância humana.

sábado, 24 de maio de 2008

As vezes!

Às vezes, repentinamente, eu queria ter alguma coisa, qualquer coisa que não fosse efêmera e que dependesse única e exclusivamente de mim, uma planta ou até um animal de estimação, só para poder matar, assim então eu poderia descrever o prazer de destruir algo por completo, talvez até entendesse o motivo para as pessoas gostarem TANTO de fazer isso comigo, devo ser um bom alvo, fácil, ali sorrindo e pedindo um soco para fazer o sangue chegar até os dentes e engolir novamente, sou contra o desperdício.Eu me conheço tão bem a ponto de já ter esquecido como eu pude achar graça em coisas extremamente tolas e que no fim acabaram me ferindo mais. Talvez o encantamento seja exatamente este, ver a ferida cada vez mais podre, escorrendo, ardendo, sem medicações. Queria poder gritar por aí “devolvam minha vida”, mas não existem culpados, não foram os nazistas sequer os portugueses, fui eu mesma e sozinha, se não existo é por mérito próprio, assumo. O problema das coisas tolas-e-que-só-cortam-mais-fundo não é acha-las bonita num dia de chuva onde o que resta é a depressão e sim deseja-las oito-dias-na-semana e querer mais do que qualquer outra coisa, como diria caio “querer vadia e humanamente”, assim, com exatidão e só com o vermelho sanguíneo manchando as paredes, ouvido a voz rouca “so saaad honey.”, porque não há salvação, definitivamente.Já fiz tudo, e acho que eu bem posso falar isso quando e como quiser, pois tenho certeza ABSOLUTA. Apertei todos os botões, acendi uma fogueira, mudei a cor do cabelo e nada nunca resolveu, conclui então que não tenho facilidade para representar algo na vida alheia, eu sou apenas aquilo que sempre falei que gostaria de ser “irrelevante”, é como uma vírgula perdida ou a mancha rosa de batom na minha parede, ninguém nota, ninguém questiona e ninguém gosta.E eu fico sozinha, chorando no escuro, exausta-suando-arrancando-as-coras-vocais, dizer é sempre um grande pecado, ou então opto pelo sono, é um desconsolo mais elegante, ainda mais quando não se tem educação. Sem remédios. Sem salvações. Acreditar é bom, mas um dia cansa, infelizmente eu sou tão agraciada que para mim esse dia parece estar cada vez mais distante. Enfim.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Dividir-se.



"Eu passava horas inteiras examinando-me mentalmnte, a cabeça apoiada na sua e segurava-lhe as mãos . Parecia-me que um certo magnetismo reunia nossos espíritos e senti-me radiante quando uma palavra saiu-lhe pela primeira vez da boca. Não se podia acreditar; e eu atribuía, à minha minha ardente vontade, esse princípio de cura."


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Eu não arranquei a farpa. Tu devia vir porque eu espero. E não só pela espera, afinal as ausências são coisas lindas e prateadas, devia vir porque implorei, e eu não gosto de ajoelhar-me no milho antigo e ficar chorando, ainda assim eu continuo, preenchendo as lacunas com a carne apodrecida. Então venha. Eu canso de não falar e fingir que entendo o medo ou a falta de disposição. Eu cansei. Venha então. Nunca ouve escolha, apenas uma aceitação não muito sutil, eu me debati, tentei auto-medicação, no entanto os caminhos tortos conduzem sempre a uma estrada perdida que eu carinhosamente chamo de distância, e eu me perco. Não é um alerta, muito menos uma carta sequer um recado, é apenas uma argumentação, o aceitar pleno, o esperar público e sorrir toda vez que o coração parar de sangrar para que os olhos posssam rolar pelo mapa, indiscrição. Não-me-desculpe-eu-continuarei-sendo-egoísta.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Pés


Creio que no corpo humano não exista nada tão horrendo quanto pés,acredito que pés bonitos é utopia ou delírio.Ah,odeio pés.Não sei exatamente a data em foram inventados os sagrados sapatos,tenho de ressaltar a importância desta criação,percebam os sapatos demonstrar estilos e protegem os malditos pés de olhares alheios,simplesmente sensacional.Respeito Cândido Portinari porém detesto aqueles quadros onde os pés tem um tamanho descomunal,são assustadores.Não creio e muito menos compreendo a subjetividade da arte,o povo entende apenas o óbvio.
Caso houvesse a possibilidade de passar 24 horas com sapatos,eu provavelmente seria uma adepta a esta idéia.Ah,não creio que meus pés sejam tão horrendos,sinceramente tive o desprazer de ver outros piores,mas detesto pés.Olhos de ressaca são profundos e poéticos,mas o que há de poesia em pés!?Creio que sejam tão bonitos e interessantes quanto cortinas amarelo mostarda. Tenho de afirmar categoricamente, odeio teus pés e os meus também, em suma odeio pés a extremos. Toda a generalização é burra e todo pé é feio,estas são minhas grandes certezas.
Tive ataques de riso ao descobrir que Brad Pitt havia usado dublê de bunda,em seu filme “Tróia”.hahahahaa,dublê de bunda,que lamentável.Ah,não vi esse filme,até porque era um épico e raramente usam-se sapatos em filmes épicos portanto os evito.Ouso dizer que um sapato brega acompanhado por uma pochete desprezível,é milhares de vezes mais “interessante”do que um pé a mostra num daqueles chinelinhos pseudo-hippies.Pés são tão assustadores quanto pessoas,existem de todos os tipos,cores e tamanhos,essa variedade de horror me causa náuseas mentais.
Coisas feias e com aparência anti-higiênica pouco agradam-me.Aprendi a dirigir meu soberbo olhar para coisas belas e extremamente limpas,desprezo falta de higiene.Estamos no século XXI mais especificamente na idade contemporânea portanto não vejo motivo para exibir com orgulho pés horrendos,limpe-os e os esconda,por favor.Tenho certa fixação por sapatos, coturnos e tênis,não é uma questão de estilo ou consumismo exagerado,trata-se apenas de uma forma para ocultar a realidade terrível que são os pés.
Acredite,este post não é apenas mais uma futilidade pública,mas sim um manifesto anti-pés a mostra.Não creia que elogiarei pés,isto jamais vai ocorrer,ao me defrontar com um daqueles pés espantosos minhas náuseas mentais aumentam,e obrigo-me a vomitar comentários ácidos referente ais ditos pés.Sagrados e geniais são sapatos, coturnos e tênis.Ah,apoio também sandálias fechadas,ou melhor sou a favor de toda e qualquer tentativa de ocultar-se a triste realidade que figura nosso corpo,os ditos pés.
E escreverei mil linhas,”o tempo está do meu lado”,e se não estiver o ignoro.Odeio pés,e o ódio transforma o amor em algo raro e sublime,não pretendo amar pés.Pés são nojentos,asquerosos,abomináveis e repugnantes,odeio e odeio muito.Tiram seus pés escrotos de perto de mim,afastem seus pensamentos patéticos e desagradáveis,detesto pés.