domingo, 27 de abril de 2008

Delirío Ferino


Plena madrugada, folha sem linhas, em mim o abril sem limite como em qualquer idealismo.Tudo o que sei sobre tu me intriga e traz consigo uma espécie de culpa devora meu tédio já rotineiro.O dia passa e eu prossigo com minhas fantasias, alegorias perfeitas para teus olhos e meu coração.Não sei justamente quando iniciamos, creio até que invertemos toda e qualquer seqüência, agora vivo um começo, um princípio único para eu, exclusivamente meu.Chego a pensar, mas canso-me,aliás ando um tanto quanto exausta de sentir com tanta força a languidez das horas,talvez nunca te encontre.Sonhei contigo, confesso assim calma e friamente: Sonhei contigo.Atravesso os segundos metafóricos imaginando, restam-me algumas memórias doces e sensíveis, nem o sono é capaz de ignora-las.Melodias atormentadas e alguns copos d’água-sim água pura- saudável e cristã- acompanham-me enquanto desenho estaticamente teu abraço no ar.As esperas me doem, aguardo tu batendo na porta e abraçando-me,assim o relógio o relógio dará mil voltas.Ontem cortei-me,nada tão denso quanto as cicatrizes de tua partida-mais pavorosa do que qualquer morte real ou simbólica-nunca comentei porém meu apresso por cicatrizes vai além do provável,coleciono fracassos,assim como tu.
Tenho medo e vomito meu coração, não há motivos para açúcares neste infindável dia que desidrata toda espécie de pensamento,gostaria de desistir.Não existe e jamais haverá algo de tão substancial e sincero quanto a invenção, ambos personagens de um roteiro inalterável, nenhuma suplica resolverá nossas aflições,eu acaso tu incrédulo.O único vocábulo capaz de nos definir é o dito e usual “talvez”, sempre fomos o brilho furtado, o sonho morto, o feto putrefato, enfim jamais acontecemos num plano além dos desejos e alucinações.Prossigo a te imaginar sob a luz amarela de postes, eu prosseguindo e tu imóvel,minha paisagem particular,peculiarmente decorado.Imagino-te tanto e acredito que ninguém perde também tempo com tal atividade, o momento em que tu inexiste também inexiste. Tamanha covardia sentir saudades do irreal, optei por deixar que tu optasse e hoje perdôo e aceito qualquer motivo vago, algum desabafo superficial,eu sempre entendi e gostei de ti,assim.Admiro a veracidade, desejo um risco qualquer que extermine todas essas nossas mortes, vida criada, até porque no fim o que nos restará é deserto e destruição.Gosto dos teus olhos que nunca vi, ouço canções que jamais dançaremos, cultivo tu como um deslumbramento intocável e terno,o meu talvez próximo e para sempre inexplicável.Adoro relembrar os assuntos casuais e que sempre nos conduziam ao mesmo caminho.Tu deveria ter ofertado-me um café, amo café.Não há distancia real ou inventada que impeça-me de gastar meu tempo,enfim nosso fim será decidido por fungos e vermes,resta-nos aguardar.Tento com certo esforço explicar o indizível, censuro-me as pressas como quem teme uma nova morte do belo.Exijo o eterno do intangível, tu sabe que eu sou assim, precisamente assim como um olhar teu definiria, exatamente como tu gostaria que eu fosse.Importa-me minimamente quem iniciou, sempre tive predileção por explicações, inclusive aceito qualquer criação estapafúrdia.Então tu segura minha mão e nos salva deste abismo frio, buquê de rosas e rum, alguns sorrisos e todas as canções.Eu desmaio e percebo que foi mera febre, não existe tu sequer o rum.Necessito de algo a acrescentar, simplificar e motivar finalmente preciso continuar no caminho, prosseguir com o objetivo de ser melhor assim como eu estava tornando-me contigo, não pense que sou ótima pessoa. Não peço para que retornes em tua decisão, apenas tenho de registrar que o mundo fora de tudo isso é lascivo e demente, aos meus olhos tudo resume-me em fagulhas de alumínio,abraço a espera.Vá sem medo, comprei o rum e enfiei as rosas no fogão, incendiaram.Agora -exatamente neste simplório instante inoportuno- desejo que tu esteja bem, não tenho cinismo o bastante para aspirar tua felicidade,até porque eu bem sei que não temos vocação para tal,somos incógnitas,nossos próprios labirintos de cores e frustrações,sem ambições:que tu esteja bem.Procuro interromper o sonho, quero descansar friamente, nestas madrugadas o telefone não toca, fico paranóica.Um dia tu me acorda dizendo que iremos passear, viajar, conversar, voar, restam-me somente risos fatídicos e lágrimas amargas.Mande noticias, afinal não se deve deixar alguém numa madrugada sem nada, ingerindo água e preocupações singelas.Teu futuro vai ser luminoso, eu sei.Rezo para o destino ou qualquer outra entidade maior que a própria dor promova nosso encontro, não se deixe apagar.Quero que saiba: o que fica de ti é uma saudade delicada, resquícios de uma fuga irreal, açúcares eternos no meu abril.Tu é lindo e incrivelmente doce, dói dizer, porém não há fim para o que jamais teve inicio, expectativas em nosso abraço eterno.


enfim...!

Boa semana.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Innnnsoooniaaaa!...


Cafeína me ajuda a pensar. Reviro-me na cama com a cabeça pesada, todos os meus músculos doem, a noite parece ser tão grande agora...
Não apague a luz, há muitas sombras no escuro, e elas são perturbadoras. O tic-tac constante do relógio é deprimente: passam as horas, os minutos, os segundos... e ainda estou acordada. Olhando para a janela posso ver a lua lá fora, imponente, majestosa, assustadora! Tua luz projeta imagens em minhas paredes; sem saber porquê fico a decifrá-las, como se pudessem fazer algum sentido, como se trouxessem alguma mensagem.
Pensar... talvez pensar não seja a solução para tudo. Dou reviravoltas, prendo-me à um emaranhado de cobertores, não encontro resposta. Pense... mais uma xícara de café, sinto que nada pode resolver. Durma e esqueça! Não, nem isso tu pode fazer.


tic-tac,tic-tac,tic-tac

(eu preciso descansar!)

tic-tac,tic-tac,tic-tac

(queria poder esquecer.)

tic-tac,tic-tac,tic-tac

(quando isso vai acabar?)

tic-tac,tic-tac,tic-tac

(tudo volta ao seu lugar)

tic-tac,tic-tac,tic-tac

(o dia está amanhecendo)

tic-tac,tic-tac,tic-tac

(pensamentos pairam no ar).

segunda-feira, 14 de abril de 2008

vida!


Tá...Hoje talvez o post seja depressivo. Porque é assim que eu estou me sentindo.Talvez tenha umas tiradinhas irônicas. ;D E provavelmente, vou me lembrar de alguma peripécia infantil.



amigo: do Latim amicu. o que quer bem; favorável; partidário; aliado; afeiçoado; que tem amizade.amizade: do Latim amicitate. afeição; amor; boas relações; laço cordial entre duas ou mais entidades; dedicação; benevolência.



Passei hoje por um amigo de infância. Ele estava no terreno da casa dele, e estávamos separados por um portão:- E aíííííí?- E aí? Beleza?- Beleza.Continuei andando. E ele continuou o que estava fazendo.
Há vários anos atrás, bincávamos juntos todos os dias. Ele era o meu parceiro de peripécias infantis.
Lembro da vez em que nos trancamos no quarto da mãe dele. Ele tinha uma carroça de ferro e vários soldadinhos de plástico. Pegamos fósforos, jornais e colocamos fogo nos soldadinhos dentro da carroça. A fumaça saindo por debaixo da porta alertou a mãe dele, que logo achou que estávamos mortos e começou a socar a porta desvairadamente.Tentamos disfarçar o estrago e abrimos a porta.Apanhamos. Mas apanhamos juntos.
Numa festa de aniversário dele, em que ele ganhou um kit do Batman, com o cinto de utilidades e tudo. Escalamos as grades da janela, os caminhões da loja de materiais de construção do pai dele, o muro de casa e tudo que fosse lugar em que conseguíssemos encaixar o morcego da ponta da corda.Incrivelmente, não caímos nenhuma vez.
Fizemos muitas coisas juntos...Acho que ele foi o meu primeiro melhor amigo.E hoje, simplesmente dizemos "e daí?" um pro outro e nunca mais paramos pra conversar.Se não fosse minha avó, eu nem saberia que ele já é pai.
Depois dele, vieram os amigos de colégio.Meu melhor amigo foi o meu primeiro amor. E nunca nem nos beijamos.Passávamos dias inteiros infurnados dentro de um quarto, com a luz apagada, com um fogareirinho feito por nós mesmos, jogando conversa fora.Lembro que ele chegou a mandar uma carta pro "namoro ou amizade" do Sílvio Santos, porque eu não dava bola pra ele.Eu queria matá-lo. Falei que se a carta dele fosse escolhida, eu o matava.Claro, que na época, eu nem pensava que o Sílvio não escolheria NUNCA a carta de duas crianças.Trocávamos cartinhas de amor, mas eu não deixava nem ele pegar na minha mão.Fazíamos todos os trabalhos de escola juntos, trocávamos olhares, mas nunca passou disso.Aliás... ficamos 5 anos nisso. Até que ele reprovou e saiu do colégio.Não lembro de ter chorado tanto por causa de alguém.
Eu, esse amigo e mais um outro, saímos pra andar de roller.Saímos pela rua em fila indiana.Um deles se desequilibrou e tentou segurar no do meio, que tentou segurar em mim que tentei segurar em... NINGUÉM!Caímos, os três.
Teve até uma vez em que junto com esse outro amigo, fomos visitar o amigo-amor quando ele estava com cachumba.Passamos o dia inteiro infurnados no quarto dele, pra ver se pegávamos cachumba também.Não funcionou.
Aliás, encontrei esse outro amigo esses dias no centro. Ele sim, parou pra conversar comigo.Perguntou como eu estava, onde estava estudando. Mantivemos um diálogo de uns 15 minutos.Muito melhor do que o "e daí?". Mas mesmo assim... éramos dois estranhos.
O amor-amigo então. Nunca mais vi.Uma vez, quando eu não estava morando com meus pais, ele ligou aqui em casa, porque ficou sabendo (não sei como até hoje), que eu tinha quebrado o pé. A minha avó, fez o favor de dizer que eu não morava mais aqui e não deu nem o meu número novo pra ele.Foi a última vez que tive notícias dele.
Então, descobri que as pessoas vão se afastando com o tempo.Que ninguém vai ser amigo pra sempre.Que a única coisa que resta, são as lembranças.Uma foto no orkut, no mural do quarto, um depoimento, um post no blog, uma cartinha, uma assinatura num quadro, um vídeo.São as únicas coisas que vão te fazer lembrar das pessoas que um dia foram tão importantes pra ti.
Dizem que amigos de verdade, podem ficar meses, ou até anos sem se ver, que quando se encontrarem, vai parecer que esse tempo não existiu.
Mentira!
Vocês serão dois estranhos, sem assunto.Estarão chateados, um com o outro, porque um nunca mais falou com o outro no MSN, porque o um, sempre acha que o outro é quem tem que dar o primeiro oi. Porque mesmo o outro dando o primeiro oi, o um não continua a conversa. Responde o oi, e acha que fez a sua parte.A conversa morre ali, porque um não pergunta pro outro como o outro está.E vai ficar aquela mágoa, porque aquela foto de vocês do orkut, que fazia tu ter certeza que ainda restava um pouquinho de saudade (ou uma lembrança) daquela amizade que pra você(s) foi a melhor coisa que aconteceu na sua(s) vida(s), não está mais lá.Que vai fazer tu pensar que foi trocado por novos amigos (e foi), ou por um novo(a) namorado(a). E o outro vai negar. Sempre vai negar.Vai dizer que tu está viajando. Vai dizer que não colocou nenhuma foto sua por esquecimento. Ou nem mesmo vai dizer o porque não colocou. E talvez, tu nem pergunte.
Tu vai fingir que acredita, mas sabe, que no fundo, está sendo esquecido. E vai acabar sendo mesmo, porque daqui há mais uns meses, vocês vão se tornar os mesmos estranhos que aqueles seus melhores amigos de antes se tornaram.
Tu vai entrar no orkut do seu amigo, só pra ver que não resta mais nenhum vestígio de tu lá. E vai ficar triste quando descobrir que não há mais nenhuma lembrança tua.
E tu, vai tentar, assim como eu, mas não vai conseguir entender como isso aconteceu.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Pensando bem...




Já passa da meia-noite. Já não é mais nosso aniversário. Eu já me sinto aliviada, até o próximo mês; quando a angústia de ter o teu número e não poder ligar vai me consumir de novo. É sempre assim. Essa história de que “quero que tu seja feliz, seja com quem for” não existe. Eu não suporto te ver com ela e, pior do que isso, te ver sorrindo sem mim. Eu não consigo, eu tenho vontade de ir lá e arrancar dos braços dela .Eu achei que quando te visse tão livre, tão forte e tão indiferente... eu achei que passaria. E quase passa todos os dias. Pode achar exagero, mas melhor do que te ver com ela, seria não te ver mais. Pelo menos por um tempo. Pelo menos até que eu consiga acordar sem pensar em ti, chorar por algum motivo que não seja tu, ouvir música sem lembrar da gente, viver sem sentir a tua falta. Pelo menos até que eu me sinta completa de novo, inteira de novo, feliz de novo. Pelo menos até que eu volte a viver pra mim. Melhor te ver longe do que empacado na minha vida! Mas tem sempre algo que me empurra pro teu lado, nem que seja pra te assustar.
O que os olhos não vêem o coração não sente? Quem sabe, se tu sumisse, eu aprenderia que sou demais para os teus sonhos pequenos, demais pras tuas promessas fáceis. Mas tu não some, tu está sempre presente, tu aparece sempre pra me mostrar que esse sorriso lindo não me pertence mais. E tu aparece com ela, muito mais novinha e menos complicada; tu aparece com ela e me parece tão feliz... que eu me resumo à minha insignificância e continuo só pensando em nós. Pensando alto.


Pois saiba que isso vai passar, pois eu estava pensando amar um principe , que tola eu. eu estava amando apenas mais um HOMEM!


:s


É só uma fase. Talvez quando eu vire gente grande eu aprenda que nada disso importa tanto assim. Que essa água salgada que escorre do olho, esse pranto doído, não me lava a alma, afinal. Quem sabe daqui uns anos eu olhe pra trás e ria, eu olhe pra lua e lembre, eu olhe pra ti e... nada. Quem sabe. Talvez quando eu crescer eu olhe pra trás e perceba que fiz, sim, tempestade em copo d'água.
Vai passar. Eu sei que vai passar.
E quando passar, algo pior ainda vai acontecer: eu não vou mais te amar.




-


Maryanna :)




segunda-feira, 7 de abril de 2008

Mundo mágico chamado solidão.

“E tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é.", escrevi na parede laranja, detesto essa cor, lembra-me uma mariposa que recebi dentro de um envelope vermelho, até hoje me pergunto como ela morreu, afinal o fim é o que realmente dignifica nossas histórias, e não nossas sim, pois nada é único- pessoal - intransferível, exceto a solidão. Os dias de chuvas pesam, ninguém mais morre graças aos novos guardas de trânsitos, acidentes não mais acontecem e os amores puros e degradantes tornaram-se efêmeros, caí no tédio, a falta profunda de qualquer relato, talvez um desafio, ainda assim escrevo, anoto para morrer ou matar e a cada vírgula dói mais, o não-existir também cria feridas.
Durmo. Não tenho prazeres, entretanto me afogo nas ausências e durmo, porque o sono também é uma tentativa de se salvar. Gosto de bancas de revistas, tantas coisas, tantas cores, se houvesse uma identidade que fosse exata na minha identificação eu provavelmente usaria dela para monta uma banca de revistas-jornais-livros. Um pequeno comércio de folhas multicoloridas numa esquina, a amizade com os idosos e suas palavras cruzadas, a ansiedade das crianças que ainda persistem na tentativa de completar o álbum de figurinhas e toda uma rotina tipicamente complementar, é sonho.
O peso da existência são as memórias que guardo, um amontoado de imagens perdidas num labirinto peculiar, figuras, palavras, impossível reunir e obter alguma lógica. Agora sou pessoal, apesar de não preferir absolutamente nada e render-me ao que chega com o fluxo, alguns chamam de fatalismo, eu simplesmente repito para fingir que o outro existe. Repito e anoto, porque ser feliz é estar fadado a não acumular memória alguma, feliz é quem aceita repetir-se sem mudar as palavras, sortudo é quem ainda assim torna-se essencial e não simplesmente suportável.
Pronomes indefinidos não posso dizer que gosto deles, mas os decorei graças a umas aulas que ouço na rádio de músicas sobre Deus ou qualquer entidade espiritual desse nível, hoje em dia se aprende mais prestando atenção nos ponteiros do relógio do que ouvindo a voz da inexperiência, desatualizei-me. E continuo sem informações, prossigo só para preencher as linhas azuis, a margem vermelha no canto da folha ainda é uma provocação, a linha fixa entre o lado de cá e todo resto de lá, aqui o desânimo em tons tão claros que quase cegam de tanto reproduzirem-se em espelhos e do outro lado da rua uma vida, uma vidinha qualquer esperando um final, talvez um suicida ou apenas um tapa severo do tempo, em mim o silencio e em todos os outros o berro eterno dos lábios borrados de vermelho.
Acordar, escovar os dentes e tentar quebra-los logo após a raiva, arranhar as pernas, marcar as maçãs do rosto, desejar o nada e parar por cinco segundos para apreciar o vento intenso o bastante para varrer as folhas, um acidente seria bonito, um novo e visceral relato, a imprevisão é melhor ainda. Vermelho-marrom-preto, asfalto-sangue-cabelos, o meio-fio branco dividindo, quando se anseia por algo é possível até imaginar detalhadamente e nesse instante sorrir com os olhos vendados.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Vai entender?!


A vida de solteiro é realmente coisa de louco. Coisa de louco em todos os sentidos cabíveis. Só louco reserva mesa pra um num restaurante chique, só louco compra presente pros amigos no dia dos namorados, só louco usa meias de lã pra dormir no inverno, só louco coloca salto alto, capricha na maquiagem, bota um sorriso no rosto e encara as noitadas todos os dias com outros amigos nada normais (ou nada comprometidos, como preferirem).Ser solteiro tem lá suas vantagens. E acredite, elas enchem os nossos olhos no começo. Eu disse no começo, porque depois vira tudo um grande vazio. E não pensem vocês que todos que não tem um par de olhos piscando incontrolavelmente na sua porta, trazendo nas mãos as flores mais bregas que encontrou na floricultura é uma pessoa vazia, por favor (isso me incluiria, e eu odeio me incluir nos textos).Ser humano é criatura de outro mundo, não acham? Quando se tem alguém pra quem dar boa noite todos os dias, usa essa oportunidade para os "por quês" e explicações desnecessárias. Aí pensa: "Cara, eu queria ser solteiro." Ficou solteiro? Reza pra encontrar uma criatura com quem possa dividir as breguices de um início de namoro. Vai entender?!E mesmo não gostando de me incluir nos textos, acho que esse foi única e exclusivamente pra mim. E dessa vez só eu vou entender.